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Cresce o número de buscas por cirurgias plásticas no Brasil

O número de cirurgias plásticas realizadas no Brasil aumentou, é o que revela o último censo bianual da SBCP (Sociedade de Cirurgia Plástica). Somente no ano de 2018, cerca de 1,7 milhão de operações foram realizadas no País, sendo 60% para fins estéticos.

Em comparação ao levantamento realizado em 2016, essa estatística cresceu 25,2%, fazendo com que o Brasil permaneça entre os primeiros países que mais realizam procedimentos cirúrgicos estéticos no mundo, mesmo nesse tempo de pandemia.

Muitas pessoas realizaram ou planejaram sua cirurgia plástica neste período. Não é à toa que as buscas on-line relacionadas à Rinoplastia, por exemplo, aumentaram 4,800% no Brasil.

Um dos principais motivos que contribuíram para esse aumento nas buscas e realização de cirurgias plástica é que, definitivamente, as pessoas estão ficando mais em casa devido ao isolamento social, o que consequentemente proporciona uma recuperação mais cômoda e completa, sem a necessidade de se afastar do seu posto de trabalho.

Cirurgias Faciais em foco

Mas, afinal, por que a preferência tem sido pelas cirurgias plásticas faciais?

Procedimentos faciais costumam causar inchaços e alterações mais aparentes e, nesse período as pessoas têm saído menos e quando saem, normalmente usam máscaras, o que disfarça as lesões até que o rosto esteja com a aparência normal, sem edemas ou manchas.

Porém, nesse artigo gostaríamos de destacar que há outro fator que está contribuindo muito para a decisão de realizar uma cirurgia plástica, principalmente facial: a insatisfação com a própria imagem.

Trabalhar remotamente normalmente exige que as reuniões sejam on-line com a câmera ligada, o que consequentemente faz com que fiquemos mais tempo observando o que desejamos mudar em nosso rosto. Quem aí se identifica?

O conjunto, pressão estética e relação entre beleza e valor, ficou em evidência nesse último ano e percebemos isso inclusive durante as pré-consultas operatórias.

Autoestima

É sempre muito importante lembrar que não há problema nenhum fazer uma intervenção cirúrgica para mudar algum aspecto na sua aparência que incomode, pois melhora a autoestima e consequentemente a saúde mental.

Porém, é preciso internalizar que a autoestima é composta por um conjunto de fatores em que estão inseridos: relações interpessoais, personalidade, estilo de vida, espiritualidade entre tantas outras coisas.

Ainda assim viver na era digital, em que tudo é mostrado nas redes sociais, pode criar alguns conflitos, fazendo com que seja muito difícil não manter parâmetros de comparações irreais.

Principalmente com o surgimento do filtro, muitas inseguranças são reforçadas, nos fazendo estabelecer uma relação indireta sobre nossa imagem e enfraquecendo a visão positiva que temos de nós mesmos.

Por isso, quando a insatisfação com o corpo é exacerbada e começamos a enxergar diversos defeitos na nossa aparência física, que chega a atingir níveis patológicos de obsessão, é um sinal de alerta para o TDC (Transtorno Dismórfico Corporal).

Papel do filtro no agravamento do TDC

No ano de 2018, o Boston Medical Center realizou um estudo que mostra a relação entre os filtros das redes sociais com a dismorfia corporal e alerta sobre “um ciclo de opressão da beleza muito mais grave do que aquele gerado pelas capas de revista e passarelas”.

Além disso, a Academia Americana de Cirurgiões Plásticos em 2017 aplicou uma pesquisa, na qual revela que 55% dos pacientes que realizaram Rinoplastia naquele ano tinham como principal motivação o desejo de sair melhor em fotos.

Contraponto

Diversos usuários das redes sociais têm percebido a problemática que envolve o uso indiscriminado de filtros e o impacto que isso causa à autoestima e saúde emocional. Então, como forma de protesto, diversos movimentos surgiram para conscientizar as pessoas sobre o assunto.

O movimento #filterdrop, criado pela modelo e maquiadora Sasha Pallari, foi um deles e coloca em pauta uma reflexão bastante importante: hoje em dia, você consegue aparecer nas redes sociais sem algum filtro?

Uma pesquisa realizada pela ONG Britânica Girlguiding revelou que 71% das jovens entrevistadas, entre 11 a 21 anos, na maioria das vezes, publicam suas fotos somente com filtro.

Como citamos, a moda dos filtros está intimamente ligada à insatisfação com a própria imagem e, por consequência, ao crescimento do TDC, principalmente entre jovens e adolescentes mulheres.

Equilíbrio é tudo!

Todos esses dados e reflexões não devem ser encarados como uma maneira de fomentar a sua desistência de realizar alguma cirurgia ou procedimento estético que tanto deseja, ou até mesmo parar definitivamente de usar filtros nas redes, e sim como um incentivo de sempre buscar equilíbrio e discernimento sobre o que é real e sobre a forma como o conteúdo veiculado pelas redes sociais afeta quem o consome.

O que não falta é conteúdo educativo e saudável na internet, portanto, é imprescindível saber avaliar aquele que é construído somente com recursos e distorções que não são possíveis e podem gerar expectativas muito perigosas e irreais, daqueles que realmente trazem verdade e agregam.

Lembre-se que você ainda pode se inspirar nas suas selfies ou em alguns filtros, mas é preciso ponderar e ter expectativas plausíveis e realizáveis quando buscar trazer isso para a realidade.

Como sempre destacamos: toda intervenção cirúrgica deve ser muito bem planejada e, independente da motivação, deve ser feita com segurança, porque antes da aparência vem a SAÚDE!

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