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Candidíase Vulvovaginal: o que você precisa saber está aqui!

Candidíase Vulvovaginal: o que você precisa saber está aqui!

A Candidíase Vulvovaginal é uma infecção desencadeada por fungos, que naturalmente vivem no organismo, principalmente em locais como boca, garganta, pele, sistema gastrointestinal e região perineal.

Ou seja, este fungo já faz parte da microbiota humana, sendo capaz de conviver sem causar prejuízo (sintomas) em condições normais, mas no caso das mulheres, quando ocorre alguma alteração que desequilibra a flora vaginal, ele se multiplica, causando assim a Candidíase Vulvovaginal.

Afinal, por que esses desequilíbrios acontecem?

Diversos fatores podem contribuir para isso, dentre eles: baixa imunidade, estresse e até mesmo excesso de umidade na região genital. Todos esses fatores propiciam a proliferação descontrolada do fungo e o desenvolvimento de sintomas da candidíase.

Há outros fatores de riscos que também aumentam as chances de a mulher desenvolver a Candidíase Vulvovaginal, dentre eles:

  • Gravidez;
  • Obesidade;
  • Deficiências imunológicas causadas por doenças como diabetes, câncer e AIDS;
  • Utilização de antibióticos ou medicamentos como anticoncepcionais e corticoides;
  • Uso de roupas íntimas muito apertadas, de lycra ou outros materiais sintéticos que aumentam a temperatura da região íntima;
  • Uso de roupas de banho molhadas por muito tempo;
  • Relação sexual sem preservativo;
  • Utilização de duchas vaginais em excesso.

Curiosidades sobre a Candidíase

A Candidíase Vulvovaginal é um dos problemas ginecológicos mais comuns, no entanto que até 75% das mulheres terão ao menos uma vez a infecção de forma sintomática. Para cerca de 40 a 50% desse total, o episódio se repetirá, e aproximadamente 5% apresentarão recorrências (entre quatro ou mais episódios confirmados clínica e laboratorialmente no período de 12 meses).

Vale destacar que ao contrário do que muitos pensam, a doença não é sexualmente transmissível. O que acontece é que, eventualmente, o fungo pode chegar até à vagina durante a relação sexual.

Sintomas que caracterizam a Candidíase

Os sintomas mais comuns que indicam a presença da Candidíase são:

  • Coceira intensa na vulva e vagina, de intensidade variável e que geralmente acentua-se no período pré-menstrual;
  • Ardência e inchaço na região;
  • Dor ou desconforto ao urinar ou no ato sexual;
  • Corrimento esbranquiçado e sem odor;
  • Fissuras na mucosa genital que lembram assaduras.

Diagnóstico

Ao apresentar algum desses sintomas, o recomendável é buscar ajuda de um ginecologista, que fará uma avaliação clínica para identificar o tipo de corrimento, e provavelmente solicitará a realização de exames adicionais para o diagnóstico de possíveis doenças.

Para alguns quadros clínicos pode ser necessária a execução de uma raspagem da área afetada para a coleta de uma amostra, que será analisada em laboratório com a finalidade de também identificar o tipo de fungo causador do problema.

Candidíase tem tratamento e prevenção!

O tratamento da Candidíase Vulvovaginal tem como principal objetivo aliviar os sintomas e, geralmente, utiliza a aplicação tópica de fármacos e, em alguns casos, antifúngicos orais. Tanto os antifúngicos orais quanto os medicamentos tópicos possuem uma taxa de cura acima de 90%.

Lembrando que cerca de 10 a 20% das mulheres em idade reprodutiva não desenvolvem os sintomas da Candidíase e por este motivo não necessitam de medicações.

“Mas Dr., existem formas de prevenir a Candidíase?”

Sim! Algumas atitudes podem ser adotadas para prevenir ou reduzir o risco de ter a infecção. Abaixo foram listadas cada uma delas:

  • Preferencialmente, use roupas íntimas de algodão;
  • Não permaneça por muito tempo com roupas molhadas ou muito apertadas;
  • Evite o uso de absorventes internos por um período prolongado, bem como a utilização frequente de protetores diários;
  • No momento de realizar a higiene da região íntima, opte por sabonetes neutros;
  • Use preservativo nas relações sexuais;
  • Mantenha sua imunidade sempre forte se alimentando de forma saudável, tendo um sono adequado, praticando exercícios físicos, controlando o estresse entre outros hábitos saudáveis.