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Implantes hormonais

Implantes hormonais

Com apenas dois a quatro centímetros, você já imaginou que o implante hormonal  pode ser capaz de aumentar a disposição, a libido e ainda serve como um contraceptivo para mulheres em idade fértil ou repositor hormonal para mulheres que estão na menopausa?

 

Pois é! Esses são alguns dos benefícios do conhecido popularmente “chip da beleza”! É um implante subcutâneo, feito de uma cápsula de silicone, na forma de tubinhos flexíveis, que contém a substância hormonal em seu interior que é liberada aos poucos durante certo tempo. Programados para manter a liberação dos hormônios geralmente por um tempo de 4 a 12 meses, o queridinho do momento é implantado por baixo da pele do bumbum ou do braço.

 

Você sabia que além dos benefícios citados acima, os implantes hormonais previnem e tratam a TPM, ovários policísticos, endometriose e repõe hormônios na fase de climatério, menopausa e andropausa? Esta é uma poderosa ferramenta disponível para todos nós.

 

Outra grande vantagem dos implantes hormonais é que eles não passam pelo fígado e pelo estômago e estudos indicam que não é observado risco de trombose com o uso de hormônios da classe dos estrógenos, quando a via é por implantes. Isso é maravilhoso, pois não sobrecarrega nosso fígado e nem perdemos substâncias que são consideradas como “lixo” ao passarem pelo fígado.

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Os prós e contras dos principais métodos contraceptivos

Os prós e contras dos principais métodos contraceptivos

De acordo com a FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) a anticoncepção consiste na utilização de métodos para impedir que a relação sexual resulte em gravidez. Esses métodos costumam ser divididos entre reversíveis e irreversíveis. 

Vamos entender mais sobre cada um deles? 

Mas, antes de adentrar este assunto, além de ressaltar a importância dos métodos contraceptivos, é fundamental falarmos um pouco sobre os impactos fisiológicos, psicológicos e sociais de uma gravidez não planejada.

Uma pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) revela que aproximadamente 55,4% das brasileiras não planejaram sua gravidez e que em 36% dos casos de gestação não planejada, o bebê pode nascer prematuro, com baixo peso ou até ir a óbito, tendo em vista que 60 a 80% de gravidezes não planejadas acontecem na adolescência. 

E não para por aí! O risco de a mulher desenvolver transtornos psicológicos como ansiedade e depressão é dobrado, assim como as chances de usar substâncias ilícitas, cometer atos de violência ou abandono e, até mesmo, de perder a vida devido às complicações na gestação ou no parto.

Escolha do método ideal

O primeiro passo é decidir que usará um método contraceptivo e o segundo é ir a uma consulta ginecológica para descobrir qual é o mais adequado. Geralmente, a informação levantada pela maioria dos médicos é se a paciente pretende engravidar. Em casos positivos, a pergunta seguinte é se possui uma previsão para isso. 

Nos casos em que a paciente não tem planos de ter um bebê em breve, são recomendados os LARCs (Long-acting Reversible Contraceptives), ou seja, métodos contraceptivos reversíveis de longa duração. 

Esses métodos são efetivos, possuem taxas altas de satisfação e são menos abandonados pelas usuárias, ao contrário das pílulas anticoncepcionais, que têm um índice de falha de 8% ao ano e ainda o fator esquecimento.

A escolha pelo método contraceptivo ideal é bastante subjetiva, mas não torna a orientação de um ginecologista dispensável e sabe por quê? 

Nem sempre o método idealizado pela paciente pode ser utilizado, visto que existem algumas características clínicas que podem contraindicar seu uso. Porém, essas informações também serão levantadas durante a consulta e todos os métodos disponíveis serão apresentados, bem como suas características, riscos e benefícios, modo de uso e, eficiência, que por sua vez está diretamente relacionada ao grau de comprometimento da paciente com a escolha.

Principais Métodos Contraceptivos

Camisinha

Quem nunca ouviu falar, não é mesmo?

A camisinha, que pode ser masculina ou feminina, é considerada bastante segura, já que evita a gravidez, previne DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e, além de tudo isso, é livre de hormônios e pode ser utilizada somente no momento da relação sexual. 

Como nada é perfeito, há também os “contras” desse método. Por exemplo, quando usada incorretamente, a camisinha pode romper ou sair durante a relação sexual, ocasionar irritação ou reação alérgica devido ao látex e, até mesmo, diminuir a sensibilidade durante a relação sexual.

Anticoncepcional

A maioria das mulheres com certeza conhece esse método, não é à toa que ele está no topo da lista dos contraceptivos mais utilizados. Dados da FEBRASGO mostram que 100 milhões de mulheres utilizam pílula anticoncepcional e, que somente no Brasil, ela é usada por 27% das mulheres em idade fértil.

O motivo da sua grande popularidade é que, desde a década de 1960, os AOCs (Anticoncepcionais Orais Combinados) têm sido amplamente estudados em todo o mundo, tanto é que existem diversos estudos publicados, cujo tema central é a rápida evolução deste método contraceptivo.

A contracepção acontece porque a pílula é composta por hormônios que atuam inibindo a ovulação, que no caso é a principal ação para impedir a gravidez. Mas, nem sempre o anticoncepcional é utilizado somente para essa finalidade. Um estudo baseado em dados do governo americano da NSFG (National Survey of Family Growth – Pesquisa Nacional de Crescimento Familiar) revela que após a prevenção da gravidez, os motivos mais comuns pelas quais as mulheres usam a pílula anticoncepcional são:⠀

  • Cólicas ou dores menstruais (31%);
  • Menstruações irregulares ou alterações menstruais (28%);
  • Acne ou outros problemas de pele (14%);
  • Sintomas hormonais não especificados (11%);
  • Endometriose (4%).

Lembra que falamos sobre o fator esquecimento? Pois é! Para as mulheres que não conseguem manter uma constância, definitivamente a pílula anticoncepcional não é a melhor alternativa, visto que exige que a cartela seja seguida à risca para realmente ser eficaz.

Em algumas mulheres os anticoncepcionais desencadeiam alguns efeitos colaterais, entre eles: inchaço, diminuição da libido, sangramento genital irregular, dor de cabeça e, em alguns casos específicos, trombose. Por isso, o ideal é que a ingestão não seja indiscriminada, não consentida e sem acompanhamento médico. 

DIU

O DIU (Dispositivo Intrauterino) atualmente também é um dos métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres e as duas variações mais populares são: cobre e hormonal.

 O DIU Hormonal, também conhecido como Mirena, é feito de um material macio em um formato de T e libera o hormônio Levornogestrel em doses baixas diretamente no útero por cinco anos. 

Assim como a pílula, a principal indicação desse DIU é para prevenir a gravidez, porém pode ser prescrito pelo ginecologista para tratar pacientes com sangramento uterino anormal e prevenir doenças como hiperplasia e câncer de endométrio, visto que promove o afinamento (atrofia) endometrial e reduz ou cessa o sangramento menstrual.

Os prós é que o DIU Hormonal tem uma eficiência contraceptiva bastante alta (99.8%), é um método reversível, ou seja, quando a mulher o remove pode ter sua fertilidade reestabelecida em pouco tempo, além disso, ele não inibe a ovulação na maioria das pacientes, por isso não altera os níveis endógenos de estrogênio produzido pelos ovários, bem como os níveis de testosterona livre das mulheres, mantendo todas as fundamentais funções desses hormônios no organismo feminino.

Porém, as desvantagens são: o DIU Hormonal pode aumentar o fluxo menstrual, causar cólicas mais intensas e facilitar infecções que acometem o trato genital superior.

Já o DIU de Cobre consiste em uma estrutura metálica, que age como espermicida, impedindo o espermatozoide de chegar ao óvulo. O efeito acontece devido à liberação de íons de cobre que imobilizam o esperma que chega próximo do útero. 

Assim como o DIU Hormonal, o de cobre apresenta grande eficácia contra a gravidez, cerca de 99,6%. Entre outras vantagens estão sua longa duração de 10 anos; permite que a fertilidade seja retomada de forma rápida após sua retirada e pode ser utilizado no período de amamentação. Quanto aos “contras”, para algumas pacientes, o dispositivo aumenta o fluxo menstrual e pode causar cólicas e/ou sangramentos irregulares.

Implante Anticoncepcional

Você já ouviu falar em um tal de “Chip”?

O Implanon, nome dado ao Implante Anticoncepcional, libera uma pequena quantidade do hormônio feminino progestagênio etonogestrel, que promove o efeito anticoncepcional por um período de três anos. 

Trata-se de um pequeno bastão de 4 cm, que é inserido no braço logo abaixo da pele e atua inibindo a ovulação, alterando o movimento das trompas e deixando o muco do colo uterino espessado, o que dificulta a passagem dos espermatozoides. 

Por não possuir estrogênio, o Implanon possui poucas contraindicações, sua colocação é indolor, o risco de rejeição pelo organismo é mínimo e, é considerado uma boa escolha, principalmente para mulheres que não desejam engravidar em breve; que estão no pós-parto, inclusive amamentando; para fumantes, hipertensas, diabéticas e pacientes que não podem usar estrógenos ou que tenham história clínica de trombose.

Injeção

Esse método é muito semelhante à pílula, mas no caso, os hormônios são injetados mensalmente ou trimestralmente. Assim como o anticoncepcional oral, possui efeitos colaterais, mas que muitas vezes não são sentidos por todas as mulheres. Porém, é detentor de algumas vantagens como: praticidade e bom índice de eficácia.

Anel Vaginal

O anel vaginal é um método contraceptivo hormonal combinado, que age suprimindo a maturação folicular e a ovulação. Uma das principais vantagens do anel é a facilidade de uso com apenas uma colocação mensal e, por fazer uma liberação gradual e controlada dos hormônios, evita grandes flutuações diárias nos níveis hormonais, controlando o sangramento anormal, por exemplo. Mas, não é recomendado para mulheres que também não podem consumir a pílula anticoncepcional. 

Métodos Contraceptivos Irreversíveis

Lá no começo do ARTIGO citamos os métodos contraceptivos definitivos ou irreversíveis, ou seja, que impedem permanentemente a mulher de engravidar. O mais conhecido é a Laqueadura, que consiste na ligadura das trompas de Falópio, que por sua vez inibe a fecundação ou a fertilização, impossibilitando a mulher de engravidar.  

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Agora que você já conhece detalhadamente todos esses métodos contraceptivos, a última orientação é: use contracepção de emergência se necessário (pílula do dia seguinte). Lembrando que esse método não pode ser utilizado com frequência, mas somente em casos pontuais. 

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