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Endometriose pode afetar até 10% das mulheres brasileiras

Endometriose pode afetar até 10% das mulheres brasileiras

Qual mulher nunca ouviu falar sobre Endometriose, seja por meio de uma amiga, parente ou até mesmo porque foi diagnosticada com a doença?

Por isso, precisamos falar mais sobre Endometriose!

Definição e dados

A Endometriose é uma afecção clínica caracterizada pela presença de tecido endometrial funcional fora da cavidade uterina e do miométrio. De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Endometriose acomete cerca de 10% das brasileiras em idade reprodutiva e chega a 15% em escala global.

Um artigo publicado neste ano na Femina, revista oficial da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) complementa esse número e estima que 50% a 60% das adolescentes e adultas que sofrem com dores pélvicas e até 50% de mulheres diagnosticadas com infertilidade sejam afetadas pela doença.

Atualmente, a Endometriose tem sido considerada um problema de saúde pública, tanto por seu impacto na saúde física e psicológica, já que incapacita a mulher de exercer suas atividades diárias, como pelo impacto socioeconômico decorrente dos custos para o seu diagnóstico, tratamento e monitoramento.

Sintomas

Em alguns casos, cerca de 2% a 22%, a condição pode ser assintomática, mas quando há sintomas, eles normalmente são: dismenorreia (cólica menstrual intensa), dispareunia (dor sentida ao se tentar a relação sexual), dor pélvica não cíclica, isquemia (diminuição da passagem de sangue pelas artérias coronárias), desconforto ao urinar, alterações intestinais e, frequentemente, infertilidade, que pode acontecer porque as células se reproduzem nas tubas e geram uma obstrução, que impede o encontro do espermatozoide com o óvulo.

Mas, vale destacar que as manifestações clínicas costumam variar de mulher para mulher, portanto nenhum desses sintomas pode ser considerado específico da endometriose, o que mostra ainda mais a importância dos exames de rotina e acompanhamento de um ginecologista, já que muitas vezes a endometriose é assintomática ou envolve sintomas que dificultam o diagnóstico.

Diagnóstico

Agora falaremos sobre o diagnóstico da Endometriose, que costuma ser realizado quando a paciente sente algum sintoma entre os quais citamos e procura um médico, percebe-se infértil ou até mesmo por meio dos exames de rotina.

Entretanto, para ter um diagnóstico assertivo, o ginecologista investiga a história clínica da paciente, questionando-a sobre sintomatologias e antecedentes pessoais e familiares. Porém, mesmo com o histórico completo e com a identificação de sintomas sugestivos da doença, ainda assim o diagnóstico pode ser inconclusivo.

A próxima etapa então é realizar o exame físico (para a procura de nódulos na vagina e/ou reto) e também outros exames de imagem como: ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética, com a finalidade de realmente ter um diagnóstico preciso e seguro.

Segundo a FEBRASGO, atualmente, o padrão-ouro para o diagnóstico da endometriose é por meio da Laparoscopia. “A identificação visual ou histológica do tecido endometriótico na cavidade pélvica durante a cirurgia não é apenas o melhor teste disponível, mas o único teste de diagnóstico para endometriose que é usado rotineiramente na prática clínica”, revela a entidade.

Controle dos sintomas

O método de tratamento costuma ser personalizado para cada paciente, visto que o especialista considera os sintomas, as limitações ocasionadas pela doença e o impacto que o futuro tratamento terá no bem-estar e na qualidade de vida, considerando também os aspectos biopsicossociais da paciente.

Após todas essas etapas, o tratamento, que pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da gravidade, é definido. Hoje em dia, o método mais utilizado é o tratamento clínico medicamentoso, que consiste no uso de anticoncepcionais combinados ou apenas de progestógenos.

O DIU (Dispositivo Intrauterino) de progesterona, por exemplo, é uma abordagem recorrente, pois controla sintomas como cólicas intensas e fluxo descontrolado, o que gera diversos benefícios à paciente, como qualidade de vida e alívio da dor.

De acordo com evidências documentadas, a FEBRASGO destaca que o tratamento clínico medicamentoso para a dor pélvica associada à endometriose é altamente eficaz, com taxas de sucesso que variam de 80% até 100% de melhora e intervalo livre dos sintomas, que pode chegar a até dois anos.

No entanto, para os casos em que a abordagem clínica medicamentosa não promove o controle dos sintomas é indicada a cirurgia por vídeo, chamada de Videolaparoscopia, que avalia a cavidade pélvica, localiza os implantes de endometriose e faz a ressecção.

Conscientização

A conscientização sobre a Endometriose é uma ação fundamental, pois quanto mais mulheres conhecerem essa condição que afeta drasticamente a qualidade de vida, as relações sexuais e o desejo reprodutivo, melhor. É necessário divulgar que os sintomas da Endometriose podem ser controlados e que sim, a paciente pode ter qualidade de vida e saúde, mesmo convivendo com a condição. Mas, é fundamental que o diagnóstico precoce da doença seja feito, pois permite um tratamento mais efetivo.

Antes de finalizarmos este artigo, é importante esclarecer que, muitas vezes, o tratamento da endometriose é multidisciplinar e pode envolver, além do ginecologista, outros profissionais como: radiologista; nutricionista, para ajudar em uma dieta anti-inflamatória; psicólogo, devido ao transtorno e impactos psicológicos que a doença às vezes causa; e até educadores físicos.

Se identificou com algum dos sintomas que citamos neste artigo? Consulte-se com um ginecologista! Ah, e não deixe de compartilhar este conteúdo com outras mulheres.

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5 DICAS para controlar a compulsão alimentar

5 DICAS para controlar a compulsão alimentar

Além de saudável, sentir fome é fundamental, pois é a partir da alimentação que o nosso corpo adquiri a energia que precisa para manter o funcionamento pleno do organismo, porém essa necessidade natural do nosso corpo pode tornar-se desregulada, levando à conhecida “compulsão alimentar”.

Afinal, como a compulsão alimentar pode ser definida?

A compulsão alimentar consiste na prática recorrente de comer excessivamente e de modo descontrolado em um curto espaço de tempo. Geralmente, a quantidade de comida ingerida excede a quantidade que o organismo realmente necessita, fazendo com que sentimentos de culpa ou arrependimento surjam logo após os episódios compulsivos.

É preciso destacar que a compulsão alimentar, muitas vezes, é um sintoma que se manifesta como um comportamento de algumas doenças psiquiátricas, entre elas o TCA (Transtorno da Compulsão Alimentar), entretanto, nem todo episódio de compulsão é considerado um transtorno. Essa distinção é fundamental porque o sintoma que faz parte do TCA possui critérios de diagnóstico bem estabelecidos.

Desta forma, existem momentos ou ocasiões específicas em que há exageros alimentares, até mesmo comportamentos compulsivos em relação à comida, mas que por si só não configuram um quadro clínico. Portanto, ao seguir alguns passos é possível se manter no controle e evitar ou reduzir a compulsão alimentar. Abaixo separamos 5 DICAS simples que podem ser adotadas no dia a dia com esta finalidade. Confira:

Fuja das tentações

Evite comer e também ter em casa os alimentos que mais causam sua compulsão. Evitá-los nos primeiros dias será realmente difícil e provavelmente você lidará com essas compulsões por algum tempo, mas quanto mais você deixa de comer esses alimentos, menos irá desejá-los.

Desacelere

Definitivamente, o estresse é um grande aliado da compulsão alimentar, pois comer é a forma que muitas pessoas encontram para aliviar a tristeza, esquecer os problemas por um momento e relaxar. Por isso, aprender a lidar com essas emoções de forma equilibrada ajuda a evitar que você acumule centenas de calorias. Assim que se deparar com situações estressantes, respire fundo e tente se distrair. Tirar uma soneca também é uma alternativa, já que as compulsões às vezes surgem quando estamos cansados.

Não se torture

De vez em quando, coma o que você tem vontade, mas opte por porções menores ou opções mais saudáveis deste alimento. Você não precisa deixar de comer para sempre o que gosta, mas deve ter ponderação.

Aprenda a se alimentar

Fracione suas refeições, ou seja, coma porções menores ao longo do dia para não sentir tanta fome. Nos lanches rápidos, coma nozes, amêndoas ou castanhas em pouca quantidade, pois moderam o apetite, mudando a química do corpo. Caso goste de café, quando a compulsão bater experimente beber uma xícara em vez de comer um doce. A cafeína pode satisfazer a compulsão, poupando algumas calorias e moderando o apetite.

Beba água

Além de manter seu corpo saudável, beber água também é uma forma de controlar a fome, pois muitas vezes confundimos sede e fome de verdade com vontade de comer a todo instante. Beber bastante água também é uma estratégia para amenizar a sensação de vazio.

Compulsão Alimentar tem tratamento!

Ao perceber algum traço de compulsão alimentar, busque ajuda multidisciplinar, que inclui a orientação de um psicólogo ou psiquiatra e do nutricionista. A compulsão alimentar tem tratamento, que deve ser iniciado o quanto antes, a fim de identificar o que levou à compulsão alimentar e, dessa forma, trabalhar esse aspecto durante as sessões de terapia.

Como citamos, o nutricionista também é um profissional muito importante nessa caminhada, pois orientará o paciente sobre o que comer e quando comer, priorizando uma dieta mais saudável e que controle a compulsão a longo prazo.

E aí, gostou desse conteúdo? Compartilhe com outras pessoas e, caso se identifique com o tema, consulte-se com um especialista!