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Primeira menstruação: saiba como preparar sua filha para esse momento

Primeira menstruação: saiba como preparar sua filha para esse momento

A primeira menstruação da mulher recebe o nome de menarca e normalmente acontece entre os nove e 18 anos de idade. No Brasil, pesquisas revelaram que a maioria das meninas passa pela menarca durante os 12 ou 13 anos e que a tendência é que a puberdade aconteça cada vez mais cedo.

Aos 15 anos a maioria das meninas já terá tido a sua primeira menstruação, por isso esta é a idade é considerada “limite” para o surgimento da menarca. 

O que acontece com o corpo feminino?

Para entendermos melhor, a primeira menstruação é um dos vários sinais que denunciam o início da puberdade, mas anos (dois, aproximadamente) antes da menarca, o corpo feminino começa a passar por transformações provocadas pelo início da produção de hormônios sexuais pelos ovários. 

O primeiro sinal é o estirão puberal só que ainda tímido, ou seja, aquele crescimento acelerado, bem como a telarca, que é o surgimento do broto mamário e o aparecimento dos primeiros pelos pubianos. 

Entre seis a 12 meses antes da menstruação, a produção de estrogênio pelos ovários costuma acontecer, desencadeando alterações na mucosa vaginal, que por sua vez está relacionado ao corrimento vaginal fisiológico benigno, caracterizado como fino, coloração esbranquiçada, sem odor e que não provoca coceira ou ardência. 

Aos seis meses antes da primeira menstruação acontece o estirão puberal mais notável, em que a menina pode crescer de oito a dez centímetros por ano. Normalmente, quando a menarca chega, a menina já alcançou praticamente a sua altura final e a velocidade de crescimento cai. 

Prepare a sua filha para esse momento

Agora que você já sabe de todas essas informações deve estar se perguntando: “Como lidar com a menarca da minha filha?”. Abaixo separamos algumas dicas que podem ser úteis e fazer com que esse período seja tranquilo para ambos os lados. 

  1. O primeiro passo, ao perceber que sua filha está próxima da menarca, é prepará-la para esse período por meio de conversas, explicando o que está acontecendo com o corpo dela, que essas mudanças são naturais e ocorrem com todas as mulheres. 
  2. Esta fase da vida deve ser vista como algo positivo e não traumático, ou até mesmo um tabu. Não deixe também que a sua filha descubra por conta própria, por isso converse com ela o quanto antes.
  3. Dependendo da idade, a menarca também é o momento mais oportuno para as primeiras conversas sobre sexo e gravidez. Tente manter um relacionamento aberto com sua filha e se ela fizer perguntas, busque esclarecer todas elas.
  4. Tente explicar as mudanças de forma didática e menos científicas e lembre-se que esse preparo não será feito apenas em uma única conversa, por isso passe essas informações de forma espaçada, gerando mais entendimento e conforto para sua filha. 
  5. Não existe uma data definida para a primeira visita ao ginecologista, mas o ideal é que ela aconteça perto da fase da primeira menstruação. De qualquer forma, é imprescindível também ficar atenta a possíveis problemas ginecológicos que a sua filha possa ter. Se perceber algo diferente ou ela relatar, a consulta deve acontecer mais cedo.

Nunca dispense a ajuda de um profissional!

O papel do ginecologista nesta fase é auxiliar a mãe que ainda tem dificuldade em abordar as questões da puberdade e sexualidade, devido ao constrangimento ou à falta de preparo. Então, assim que notar indícios da puberdade, mesmo antes do início da atividade sexual, leve sua filha ao ginecologista. A combinação de uma relação aberta entre mãe e filha e a orientação de um profissional gera mais confiança e conforto para todos os envolvidos. 

 

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Distúrbios da fala e linguagem impactam no desenvolvimento infantil

Distúrbios da fala e linguagem impactam no desenvolvimento infantil

A comunicação é um fator fundamental para a socialização, através dela que somos capazes de compreender e expressar a linguagem. Quando as crianças apresentam distúrbios da fala ou linguagem pode ocorrer um prejuízo ao seu processo de desenvolvimento comunicacional, impactando a vida social e acadêmica dos pequenos.

Afinal, o que são distúrbios da comunicação?

Antes de falarmos sobre o assunto, é importante entender o que são os distúrbios da comunicação. Tratam-se de doenças infantis caracterizadas pelo atraso ou desenvolvimento atípico envolvendo a audição, fala e/ou linguagem em variados níveis de gravidade.

Na maioria das vezes, tais distúrbios são percebidos pelos pais durante o desenvolvimento da criança. Eles costumam notar maiores dificuldades para conversar, reproduzir sons corretamente ou, até mesmo, falar.

Como identificar problemas comunicacionais em crianças?

Os primeiros anos de vida são determinados para o desenvolvimento da linguagem. A partir da interação com a família e escola, as crianças aprendem a comunicarem-se da maneira adequada.

Para ajudar os pais e educadores a detectar sinais que podem indicar alguma irregularidade e merecem atenção, confira o que é esperado para cada idade durante o processo de desenvolvimento da linguagem em crianças de zero a seis anos:

Zero a 12 meses

  • Mostrar interesse pelas pessoas e objetos;
  • Fazer contato visual;
  • Emitir sons, chorar, agarrar objetos com a mão, reagir a sons e vozes familiares.

12 a 18 meses

  • Responder a comandos verbais sem pistas visuais, como “dar tchau”;
  • Começar dizer as primeiras palavras com significado, como chamar pelos pais;
  • Olhar quando chamada pelo nome;
  • Entender o significado de “não”.

18 a 24 meses

  • Utilizar duas palavras para expressar um pensamento ou vontade;
  • Saber identificar as partes do corpo, como apontar para a região ao ser indagada “cadê a barriga?”;
  • Responder “sim” e “não” e compreender a diferença entre ambos;
  • Brincar com os objetos da forma convencional. Por exemplo, utilizar colher para comer e pente no cabelo.

2 a 3 anos

  • Saber o nome dos objetos do cotidiano;
  • Reconhecer quem são as pessoas próximas (mamãe, papai, vovó, o nome do irmão, etc.);
  • Conseguir diferenciar grande e pequeno, muito e pouco.
  • Utilizar “quem” e “onde” para fazer perguntas.
  • Usar verbos para formar frases simples, como “mamãe está dormindo”;
  • Gostar de “ajudar” os adultos nas atividades domésticas;
  • Entender o que é permitido e proibido;
  • Brincar de faz de conta.

3 a 4 anos

  • Responder a perguntas com “quem”, “onde” e “o que”;
  • Ter noção espacial de “frente” e “trás”;
  • Conhecer as cores e formas geométricas;
  • Utilizar frases de 3 a 4 palavras;
  • Compreender e obedecer a ordens seguidas;
  • Gostar de cantar e brincar com palavras e sons;
  • Brincar com outras crianças e saber esperar a sua vez no jogo;
  • Perguntar muito;
  • Início do uso de discurso direto e indireto.

4 a 5 anos

  • Falar todos os sons da língua, mas ainda pode ter dificuldades nos encontros consonantais;
  • Ser capaz de manter uma conversa;
  • Conseguir lembrar situações passadas e contar histórias simples, como o que fez na escola;
  • Gostar de brincar em grupo e imitar personagens;
  • Ser curioso e ansioso para mostrar o que aprendeu e o que sabe fazer;
  • Conseguir contar histórias.

5 a 6 anos

  • Ter noção temporal, como amanhã, ontem, dias da semana, etc.;
  • Identificar letras do próprio nome.
  • Conhecer os números;
  • Manter uma conversa;
  • Pronunciar as palavras corretamente;
  • Gostar de brincar de faz de conta com os amigos;
  • Demonstrar interesse pela leitura e escrita;
  • Contar histórias com mais detalhes.

Vale lembrar que a aquisição natural da linguagem depende de uma série de fatores como, por exemplo, contexto social e familiar, experiências do infante, capacidades cognitivas e funcionais, o que pode afetar este processo.

Também é possível observar que os primeiros anos de vida da criança são fundamentais na formação e desenvolvimento da linguagem de cada qual. Portanto, fique atento às habilidades esperadas de acordo com a respectiva idade da criança para detectar possíveis comportamentos divergentes.

Caso note algo fora do usual, agende uma consulta com um médico especialista, pois o diagnóstico e intervenção precoce dos distúrbios de fala e linguagem são de extrema importância para um desenvolvimento comunicativo apropriado.

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Pré-Natal: exames que toda gestante deve fazer

Pré-Natal: exames que toda gestante deve fazer

O acompanhamento médico durante a gravidez, mais conhecido como pré-natal, é fundamental porque auxilia em uma gestação mais saudável e um parto seguro. Geralmente, é nesta oportunidade que a gestante tem a oportunidade de esclarecer todas as suas dúvidas e passar por um exame clínico, que tem o objetivo de avaliar seu peso corporal, história clínica, condições externas entre outros aspectos.

É recomendável que o pré-natal tenha início assim que a gravidez for descoberta e que sejam realizadas no mínimo seis consultas durante a gestação. Mas, o ideal é que as consultas aconteçam mensalmente até o sétimo mês, quinzenalmente no oitavo mês e no nono mês passem a ser semanais.

Vale destacar que o número de consultas pode variar de acordo com a conduta de cada médico e também conforme as particularidades da gravidez.

Benefícios do pré-natal

Além da prevenção, o pré-natal também possibilita que a maioria das condições, doenças ou complicações que possa vir a ser diagnosticada seja analisada e tratada precocemente, garantindo mais tranquilidade à gestante e mais chances de um bom desenvolvimento fetal.

Atualmente, existem diversas maneiras para prevenir ou detectar precocemente doenças maternas e fetais. O Diagnóstico Pré-Natal, por exemplo, é uma das alternativas, mas vale ressaltar que o pedido deste conjunto de exames costuma ser fundamentado em uma avaliação cuidadosa, que prevê os benefícios do diagnóstico para uma situação específica.

Quanto aos exames convencionais, normalmente, são solicitadas várias ultrassonografias conforme o período gestacional e a necessidade da gestante. Exames de sangue também devem ser feitos ao longo da gravidez para o controle da glicemia, que previne ou controla o diabetes gestacional. Também são solicitados testes para verificar doenças infectocontagiosas como sífilis, toxoplasmose, hepatite B e C, rubéola e HIV.

Abaixo listamos outros exames que devem fazer parte do pré-natal:

  • Tipagem Sanguínea e Fator Rh 

Seguindo as diretrizes da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), a determinação do grupo sanguíneo e do fator Rh deve ser realizada na primeira consulta de pré-natal. Se a gestante apresentar Rh negativo e o parceiro Rh positivo e/ou desconhecido, será solicitado o Teste de Coombs Indireto. Se o resultado for negativo, o exame deve ser repetido na 30ª semana gestacional.

A tipagem sanguínea é importante para detectar se a gestante Rh Negativo espera um bebê Rh Positivo. Mas, por que isso? Normalmente, nesta situação, o sangue do bebê não se mistura com o da mãe durante a gestação, entretanto, no parto, o contato pode acontecer, estimulando assim o sistema imunológico materno a produzir anticorpos contra o fator Rh do bebê. 

O problema é em uma possível próxima gravidez! Quando há essa diferença no Fator Rh, o sistema imunológico da mãe pode rejeitar o feto, causando uma grave complicação conhecida como Eritroblastose Fetal.

  • Exame de Urina 

Existem dois exames de urina que são essenciais durante a gestação: a Urocultura e o EAS (Elementos Anormais de Sedimentoscopia – Urina tipo 1).Eles têm a finalidade de diagnosticar uma eventual infecção urinária e a presença de proteínas que podem indicar tendência a desenvolver pré-eclâmpsia. Vale lembrar que infecção urinária durante a gestação pode ser perigosa!

  • Ultrassonografia Morfológica 

A Ultrassonografia Morfológica tem a finalidade de avaliar diversas estruturas do feto e deve ser realizada no primeiro trimestre, entre a 11ª e a 14ª semana e no segundo trimestre, entre a 20ª e a 24ª.

É importante destacar que a quantidade de ultrassons morfológicos varia de acordo com o tipo de pré-natal e com a linha de trabalho adotada pelo médico. Porém, a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) recomenda que sejam realizadas, impreterivelmente, as ultrassonografias morfológicas de primeiro e segundo trimestre.

A finalidade básica do exame realizado no primeiro trimestre é datar com precisão a gestação e, principalmente avaliar se há riscos de problemas genéticos e cromossômicos, como a Síndrome de Down. Além disso, faz uma análise minuciosa de diversos órgãos e partes do corpo do bebê, assim como da estrutura dos sistemas e membros, posição da placenta, quantidade de líquido amniótico e fluxo sanguíneo. 

Já o Ultrassom do 2º Trimestre, por ser mais detalhado, revela toda a anatomia do bebê, mostrando detalhadamente todos os seus órgãos internos e estruturas, como calota craniana, cérebro, tórax, estômago e rins, além dos membros e da genitália. Portanto, malformações da coluna vertebral, mãos, pés, face e coração têm um diagnóstico mais preciso.

  • Teste de tolerância para glicose

Este exame geralmente é solicitado preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana, principalmente se a glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver fator de risco para diabetes. 

Exames Complementares

Os exames preconizados pela FEBRASGO definitivamente são necessários para uma gravidez bem assistida, mas há casos em que exames complementares podem ser solicitados pelo médico, pois atualmente a tecnologia tem permitido que o diagnóstico de doenças genéticas seja mais rápido e eficiente. Abaixo separamos alguns exames complementares que podem promover um pré-natal mais seguro e tranquilo:

Perfil Bioquímico (Fração Livre BHCG e PAPP-A)

Trata-se de um exame capaz de diagnosticar 96% dos casos de Síndrome de Down, enquanto o ultrassom morfológico é de 90%. 

NIPT (DNA Fetal no Sangue Materno)

É o exame de sangue mais atual e assertivo atualmente, pois detecta 99,9% dos casos de Síndrome de Down sem trazer risco para o bebê. Normalmente, é solicitado a partir da décima semana.

Doppler Colorido das Artérias Uterinas

Este exame costuma ser associado ao ultrassom morfológico do primeiro trimestre. A análise das artérias uterinas ajuda a rastrear o risco de pré-eclâmpsia. Quando quaisquer alterações são identificadas precocemente, maiores são as chances de tratamento e recuperação, como a realização de parto antecipado, por exemplo.

Avaliação do Colo Uterino Via Transvaginal

Embora seja um exame simples e acessível, ainda assim não é muito solicitado, mas a sua finalidade é prevenir complicações, como parto prematuro. Pode ser realizado entre a 18ª e a 24ª semanas. 

Agende seu pré-natal!

Sabemos que são muitos exames e cuidados nesta fase, mas ao manter esse cronograma de exames, você garante a sua saúde e a saúde do seu bebê. Tenha uma gestação saudável e sem surpresas, agende o seu pré-natal na Clínica EVA e conte com um atendimento individualizado e seguro! 

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Os prós e contras dos principais métodos contraceptivos

Os prós e contras dos principais métodos contraceptivos

De acordo com a FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) a anticoncepção consiste na utilização de métodos para impedir que a relação sexual resulte em gravidez. Esses métodos costumam ser divididos entre reversíveis e irreversíveis. 

Vamos entender mais sobre cada um deles? 

Mas, antes de adentrar este assunto, além de ressaltar a importância dos métodos contraceptivos, é fundamental falarmos um pouco sobre os impactos fisiológicos, psicológicos e sociais de uma gravidez não planejada.

Uma pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) revela que aproximadamente 55,4% das brasileiras não planejaram sua gravidez e que em 36% dos casos de gestação não planejada, o bebê pode nascer prematuro, com baixo peso ou até ir a óbito, tendo em vista que 60 a 80% de gravidezes não planejadas acontecem na adolescência. 

E não para por aí! O risco de a mulher desenvolver transtornos psicológicos como ansiedade e depressão é dobrado, assim como as chances de usar substâncias ilícitas, cometer atos de violência ou abandono e, até mesmo, de perder a vida devido às complicações na gestação ou no parto.

Escolha do método ideal

O primeiro passo é decidir que usará um método contraceptivo e o segundo é ir a uma consulta ginecológica para descobrir qual é o mais adequado. Geralmente, a informação levantada pela maioria dos médicos é se a paciente pretende engravidar. Em casos positivos, a pergunta seguinte é se possui uma previsão para isso. 

Nos casos em que a paciente não tem planos de ter um bebê em breve, são recomendados os LARCs (Long-acting Reversible Contraceptives), ou seja, métodos contraceptivos reversíveis de longa duração. 

Esses métodos são efetivos, possuem taxas altas de satisfação e são menos abandonados pelas usuárias, ao contrário das pílulas anticoncepcionais, que têm um índice de falha de 8% ao ano e ainda o fator esquecimento.

A escolha pelo método contraceptivo ideal é bastante subjetiva, mas não torna a orientação de um ginecologista dispensável e sabe por quê? 

Nem sempre o método idealizado pela paciente pode ser utilizado, visto que existem algumas características clínicas que podem contraindicar seu uso. Porém, essas informações também serão levantadas durante a consulta e todos os métodos disponíveis serão apresentados, bem como suas características, riscos e benefícios, modo de uso e, eficiência, que por sua vez está diretamente relacionada ao grau de comprometimento da paciente com a escolha.

Principais Métodos Contraceptivos

Camisinha

Quem nunca ouviu falar, não é mesmo?

A camisinha, que pode ser masculina ou feminina, é considerada bastante segura, já que evita a gravidez, previne DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e, além de tudo isso, é livre de hormônios e pode ser utilizada somente no momento da relação sexual. 

Como nada é perfeito, há também os “contras” desse método. Por exemplo, quando usada incorretamente, a camisinha pode romper ou sair durante a relação sexual, ocasionar irritação ou reação alérgica devido ao látex e, até mesmo, diminuir a sensibilidade durante a relação sexual.

Anticoncepcional

A maioria das mulheres com certeza conhece esse método, não é à toa que ele está no topo da lista dos contraceptivos mais utilizados. Dados da FEBRASGO mostram que 100 milhões de mulheres utilizam pílula anticoncepcional e, que somente no Brasil, ela é usada por 27% das mulheres em idade fértil.

O motivo da sua grande popularidade é que, desde a década de 1960, os AOCs (Anticoncepcionais Orais Combinados) têm sido amplamente estudados em todo o mundo, tanto é que existem diversos estudos publicados, cujo tema central é a rápida evolução deste método contraceptivo.

A contracepção acontece porque a pílula é composta por hormônios que atuam inibindo a ovulação, que no caso é a principal ação para impedir a gravidez. Mas, nem sempre o anticoncepcional é utilizado somente para essa finalidade. Um estudo baseado em dados do governo americano da NSFG (National Survey of Family Growth – Pesquisa Nacional de Crescimento Familiar) revela que após a prevenção da gravidez, os motivos mais comuns pelas quais as mulheres usam a pílula anticoncepcional são:⠀

  • Cólicas ou dores menstruais (31%);
  • Menstruações irregulares ou alterações menstruais (28%);
  • Acne ou outros problemas de pele (14%);
  • Sintomas hormonais não especificados (11%);
  • Endometriose (4%).

Lembra que falamos sobre o fator esquecimento? Pois é! Para as mulheres que não conseguem manter uma constância, definitivamente a pílula anticoncepcional não é a melhor alternativa, visto que exige que a cartela seja seguida à risca para realmente ser eficaz.

Em algumas mulheres os anticoncepcionais desencadeiam alguns efeitos colaterais, entre eles: inchaço, diminuição da libido, sangramento genital irregular, dor de cabeça e, em alguns casos específicos, trombose. Por isso, o ideal é que a ingestão não seja indiscriminada, não consentida e sem acompanhamento médico. 

DIU

O DIU (Dispositivo Intrauterino) atualmente também é um dos métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres e as duas variações mais populares são: cobre e hormonal.

 O DIU Hormonal, também conhecido como Mirena, é feito de um material macio em um formato de T e libera o hormônio Levornogestrel em doses baixas diretamente no útero por cinco anos. 

Assim como a pílula, a principal indicação desse DIU é para prevenir a gravidez, porém pode ser prescrito pelo ginecologista para tratar pacientes com sangramento uterino anormal e prevenir doenças como hiperplasia e câncer de endométrio, visto que promove o afinamento (atrofia) endometrial e reduz ou cessa o sangramento menstrual.

Os prós é que o DIU Hormonal tem uma eficiência contraceptiva bastante alta (99.8%), é um método reversível, ou seja, quando a mulher o remove pode ter sua fertilidade reestabelecida em pouco tempo, além disso, ele não inibe a ovulação na maioria das pacientes, por isso não altera os níveis endógenos de estrogênio produzido pelos ovários, bem como os níveis de testosterona livre das mulheres, mantendo todas as fundamentais funções desses hormônios no organismo feminino.

Porém, as desvantagens são: o DIU Hormonal pode aumentar o fluxo menstrual, causar cólicas mais intensas e facilitar infecções que acometem o trato genital superior.

Já o DIU de Cobre consiste em uma estrutura metálica, que age como espermicida, impedindo o espermatozoide de chegar ao óvulo. O efeito acontece devido à liberação de íons de cobre que imobilizam o esperma que chega próximo do útero. 

Assim como o DIU Hormonal, o de cobre apresenta grande eficácia contra a gravidez, cerca de 99,6%. Entre outras vantagens estão sua longa duração de 10 anos; permite que a fertilidade seja retomada de forma rápida após sua retirada e pode ser utilizado no período de amamentação. Quanto aos “contras”, para algumas pacientes, o dispositivo aumenta o fluxo menstrual e pode causar cólicas e/ou sangramentos irregulares.

Implante Anticoncepcional

Você já ouviu falar em um tal de “Chip”?

O Implanon, nome dado ao Implante Anticoncepcional, libera uma pequena quantidade do hormônio feminino progestagênio etonogestrel, que promove o efeito anticoncepcional por um período de três anos. 

Trata-se de um pequeno bastão de 4 cm, que é inserido no braço logo abaixo da pele e atua inibindo a ovulação, alterando o movimento das trompas e deixando o muco do colo uterino espessado, o que dificulta a passagem dos espermatozoides. 

Por não possuir estrogênio, o Implanon possui poucas contraindicações, sua colocação é indolor, o risco de rejeição pelo organismo é mínimo e, é considerado uma boa escolha, principalmente para mulheres que não desejam engravidar em breve; que estão no pós-parto, inclusive amamentando; para fumantes, hipertensas, diabéticas e pacientes que não podem usar estrógenos ou que tenham história clínica de trombose.

Injeção

Esse método é muito semelhante à pílula, mas no caso, os hormônios são injetados mensalmente ou trimestralmente. Assim como o anticoncepcional oral, possui efeitos colaterais, mas que muitas vezes não são sentidos por todas as mulheres. Porém, é detentor de algumas vantagens como: praticidade e bom índice de eficácia.

Anel Vaginal

O anel vaginal é um método contraceptivo hormonal combinado, que age suprimindo a maturação folicular e a ovulação. Uma das principais vantagens do anel é a facilidade de uso com apenas uma colocação mensal e, por fazer uma liberação gradual e controlada dos hormônios, evita grandes flutuações diárias nos níveis hormonais, controlando o sangramento anormal, por exemplo. Mas, não é recomendado para mulheres que também não podem consumir a pílula anticoncepcional. 

Métodos Contraceptivos Irreversíveis

Lá no começo do ARTIGO citamos os métodos contraceptivos definitivos ou irreversíveis, ou seja, que impedem permanentemente a mulher de engravidar. O mais conhecido é a Laqueadura, que consiste na ligadura das trompas de Falópio, que por sua vez inibe a fecundação ou a fertilização, impossibilitando a mulher de engravidar.  

Gostou desse ARTIGO?

Agora que você já conhece detalhadamente todos esses métodos contraceptivos, a última orientação é: use contracepção de emergência se necessário (pílula do dia seguinte). Lembrando que esse método não pode ser utilizado com frequência, mas somente em casos pontuais. 

No mais, se esse conteúdo foi útil para você, também pode ser para outras pessoas. Então, compartilhe com mais mulheres e nos ajude a promover a saúde e qualidade de vida, por meio da informação segura e de qualidade!

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Parto normal e cesárea humanizados: saiba como fazemos

Parto normal e cesárea humanizados: saiba como fazemos

Antes de falarmos sobre como fazemos nossos partos humanizados, é importante frisar duas coisas que consideramos fundamentais para um parto, seja normal ou cesárea, ser bem sucedido: bom senso e segurança. Conversar francamente com a gestante sobre seus desejos e expectativas com relação ao tipo de parto que deseja ter, expor os riscos e benefícios dessa escolha, levando-se em conta se a gravidez é de baixo ou alto risco, e, junto com a gestante e seu companheiro, tomar as decisões com bom senso e pensando sempre na segurança da gestante e do bebê, evitando expô-los a riscos desnecessários. 

Outro ponto importante é que frente a situações de risco para a gestante ou para o bebê durante o trabalho de parto ou durante o parto, sempre tomaremos decisões no sentido de preservar a vida e a integridade física de ambos (gestante e bebê).

Como são feitos nossos partos humanizados:

Parto Normal Humanizado

. Acompanhamento do trabalho de parto em salas de parto natural (Delivery Room) pela enfermeira obstetra até o parto pelo obstetra;

. Presença do acompanhante e da doula escolhidos pela gestante;

. Analgesia no momento oportuno ou quando solicitado pela gestante;

. Ambientação apropriada no momento do nascimento: som ambiente (ou silêncio) e pouca luz;

. Clampeamento oportuno do cordão umbilical (bebês que nascem vigorosos);

. Se o papai quiser, ele poderá cortar o cordão do bebê sob a orientação do obstetra;

. Contato pele a pele com a mamãe logo após o nascimento (bebês que nascem vigorosos);

. Amamentação na 1ª hora de vida (bebês que nascem vigorosos);

. Procedimentos e manobras obstétricas serão realizados sempre nos casos onde a vida e a integridade física da gestante e do bebê estiverem em risco, comunicando a gestante sobre a situação e com o seu consentimento.

Parto Cesárea Humanizado

. Presença do acompanhante e da doula escolhidos pela gestante;

. Ambientação apropriada no momento do nascimento: som ambiente (ou silêncio), as luzes dos focos são apagadas (ou afastadas) e o campo cirúrgico é abaixado para que a mamãe possa ver o nascimento do bebê;

. Clampeamento oportuno do cordão umbilical (bebês que nascem vigorosos);

. Se o papai quiser, ele poderá cortar o cordão do bebê sob a orientação do obstetra;

. Contato pele a pele com a mamãe logo após o nascimento (bebês que nascem vigorosos);

. Amamentação na 1ª hora de vida (bebês que nascem vigorosos);

. Respeitamos todas as sete camadas que devem ser cortadas durante a cesárea: pele, gordura, aponeurose, músculo, peritônio parietal, peritônio visceral e útero, cortando delicadamente e cuidado cada camada e suturando com o mesmo esmero, além da atenção com a hemostasia. Isso minimiza a dor do pós-operatório e diminui o tempo de recuperação pós-parto. Quando possível, utilizamo-nos da técnica de cesárea minimamente invasiva (técnica de Misgav-Ladach);

. Usamos cola biológica (Dermabond®), além do ponto intradérmico, para a sutura da pele. Isso ao mesmo tempo que protege a cicatriz, ajuda a prevenir a formação de cicatrizes alargadas e queloides.

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Entendendo o Chip da Beleza

Entendendo o Chip da Beleza

O “Chip da Beleza” está em alta, mas será que você conhece verdadeiramente a sua finalidade? Seria esta a terminologia mais correta a ser utilizada?

Se você se interessa pelo assunto, neste ARTIGO explicaremos qual é a finalidade do “chip da beleza” e por que ele se popularizou com esse nome.

O que tem acontecido por aí é uma sobreposição de duas informações, uma relacionada ao implante e outra ao chip, porém existe uma distinção que devemos abordar aqui. Realmente, existe uma tecnologia em desenvolvimento, disponível nos Estados Unidos, que é denominada como chip e tem a função de anticoncepcional.

No Brasil, erroneamente denominamos o implante de hormônio como “chip da beleza”. De forma clara: o implante é um tubo de silicone e o chip é uma tecnologia americana desenvolvida por uma startup, com a finalidade de se tornar uma das alternativas de contracepção mais utilizadas por mulheres que vivem em países subdesenvolvidos, porque possui uma duração de até 16 anos.

Afinal, o que é o Implante Hormonal e por que é chamado de “Chip da Beleza”?

O implante hormonal passou a ser chamado de chip da beleza por ter um possível efeito estético (de reduzir a gordura corporal, celulite, flacidez e favorecer o ganho de massa magra) e porque inicialmente foi divulgado por modelos, atrizes e influenciadoras com esta terminologia.

Mas, vale lembrar e informar para as mulheres que ainda possuem dúvidas, que o dispositivo é um implante hormonal desenvolvido originalmente para evitar a gravidez e, secundariamente, os desconfortos do ciclo menstrual, pois melhora a disposição e aumenta a libido (devido ao aumento natural da testosterona feminina), interrompe as menstruações, suavizando as cólicas e a TPM.

É possível que algumas mulheres notem melhoras na silhueta, porém tais efeitos benéficos são apenas consequência, ou seja, são considerados uma espécie de efeito colateral do tratamento com o implante hormonal.

Geralmente, a orientação especializada é que os hormônios não sejam utilizados especificamente para fins estéticos, tanto é que o CFM (Conselho Federal de Medicina) declara em nota, que tratamentos do tipo só devem ser feitos por razões médicas e quando o procedimento dispõe de comprovação científica. 

Ainda tem mais um fator complicado relacionado ao método: excetuando o implante de progestagênio, mais conhecido como anticoncepcional, os “chips da beleza” não são padronizados, o que dificulta estudos mais concretos sobre seus benefícios estéticos e possíveis efeitos negativos à saúde.  

Além das críticas

Apesar das críticas relacionadas ao dispositivo, alguns profissionais defendem que o problema não está no produto, mas no seu uso incorreto e indiscriminado, portanto, uma indicação médica criteriosa como alternativa de método contraceptivo, baseada em uma avaliação clínica e na realização de exames, é fundamental.

O Implante Anticoncepcional, propriamente dito, que muitos ginecologistas consideram um bom método contraceptivo, tem um formato de bastão, mede 4 cm e é inserido no braço logo abaixo da pele. Ele libera uma pequena quantidade do hormônio feminino progestagênio etonogestrel, resultando em um efeito anticoncepcional por um período de três anos.

Além de inibir a ovulação, o método também altera o movimento das trompas e deixa o muco do colo uterino espessado, que por sua vez dificulta a passagem dos espermatozoides, impedindo assim a gravidez.

O Implante Anticoncepcional possui poucas contraindicações, principalmente por ser livre de estrogênio, além disso, não dói para colocar, é bem aceito no organismo, sendo um excelente método para mulheres que não desejam engravidar em breve, que estão no pós-parto, inclusive amamentando e para mulheres fumantes, hipertensas, diabéticas ou predisponentes a ter trombose, que não podem usar estrógenos.

O método, como contraceptivo, também se destaca pela praticidade, já que tem um tempo de duração de seis meses a três anos, dependendo do tipo de hormônio; pelo controle, pois a dosagem das substâncias é liberada de forma gradual e constante; e pela segurança, porque não há risco esquecimento, como acontece com as pílulas anticoncepcionais.  

Decisão

Agora que você já conhece as diferenças entre chip e implante hormonal, bem como as controvérsias de utilizar o último para melhorias estéticas e, por outro lado, os diferenciais e benefícios de usá-lo como contraceptivo, o nosso último conselho é que antes de experimentá-lo, busque orientação médica especializada!

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Histeroscopia Cirúrgica: entenda a importância

Histeroscopia Cirúrgica: entenda a importância

Antes de explicarmos sobre a importância da Histeroscopia Cirúrgica, é essencial definirmos também a Histeroscopia Diagnóstica. Vamos lá?

Este exame avalia internamente o útero com a finalidade de auxiliar o diagnóstico de diversas anormalidades intrauterinas como pólipos, miomas, malformações, sinéquias, câncer de endométrio, espessamentos do endométrio, sangramento uterino anormal e pós-menopausa.

Além do diagnóstico de uma série de patologias e distúrbios femininos, a Histeroscopia também trata determinados problemas ginecológicos que, geralmente, necessitam de intervenção cirúrgica. Portanto, estamos falando de dois tipos de Histeroscopia que são: a Diagnóstica e a Cirúrgica.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a Histeroscopia Diagnóstica, leia esse ARTIGO até o final para descobrir o que é a Histeroscopia Cirúrgica, qual é a sua finalidade e importância para a manutenção da saúde feminina e os motivos que levaram os modernos procedimentos histeroscópicos substituírem abordagens terapêuticas mais invasivas.

Histeroscopia Ambulatorial x Cirúrgica

Trata-se de um procedimento ginecológico para o tratamento de patologias benignas intrauterinas, considerado minimamente invasivo e que é associado a um baixo risco de complicações e a uma morbilidade mínima.

A Histeroscopia Cirúrgica também é classificada em dois tipos: a realizada em consultório também chamada de ambulatorial, indicada para procedimentos mais simples, e a Ressectoscopia, recomendada para condições mais complexas que não podem ser tratadas em consultório.

A histeroscopia realizada em consultório surgiu como alternativa complementar à Histeroscopia Diagnóstica e se baseia no conceito “see and treat” (em tradução livre: ver e tratar), utilizando o mesmo material que a Histeroscopia Diagnóstica e outros instrumentos como: pinças, tesouras e ponteiras bipolares para realizar pequenas cirurgias.

De forma mais clara, em um único procedimento pode ser feito o diagnóstico e o tratamento do problema, sem a necessidade de anestesia e dilatação do colo do útero, fora do ambiente hospitalar e com menos riscos de complicações. 

Vale destacar que, com o tempo, os instrumentos histeroscópicos evoluíram bastante e passaram a utilizar equipamentos de vídeo digital, permitindo que o procedimento se tornasse ainda mais eficaz e menos invasivo. A introdução de histeroscópios de menor diâmetro, por exemplo, possibilitou que a histeroscopia se transformasse em uma técnica predominantemente ambulatorial.

Então, em quais casos é realizada a Histeroscopia Cirúrgica?

Diferente da Ambulatorial, para realizar a Ressectoscopia, a paciente normalmente é internada, pois a anestesia (geral ou local) costuma ser necessária. Como citamos, o procedimento é indicado para tratar quadros mais complexos como:

  • Pólipos endometriais múltiplos ou de maiores dimensões não tratáveis em consultório;
  • Miomas uterinos de grandes dimensões ou com componente intramural;
  • Sinéquias uterinas mais espessas;
  • Septos uterinos que possuem maiores dimensões;
  • Restos ovulares e placentares;
  • Hemorragias uterinas (metrorragias) resistentes a outros tratamentos médicos.

O instrumento utilizado neste procedimento é o Ressectoscópio, que se assemelha ao Histeroscópio, porém possui maiores dimensões e maior complexidade. O Ressectoscópio é composto por uma câmara ótica, uma fonte de luz, duas cânulas sobrepostas para a circulação do meio de distensão (líquido) e um canal, que é onde funciona o instrumento cirúrgico (ansa, cilindro ou faca com energia bipolar ou monopolar).

A Histeroscopia é dolorosa?

Muitas pacientes chegam à clínica com uma dúvida em comum: “Dr., o procedimento dói muito?”.

A resposta é: depende!

A Histeroscopia Cirúrgica tem evoluído e se tornado cada vez menos invasiva. Entretanto, a técnica realizada em consultório pode causar certo desconforto na passagem do canal cervical, especialmente se este estiver mais estreito. O momento em que a cavidade uterina é distendida também pode causar um pouco de dor. A Ressectoscopia, por sua vez, não é dolorosa porque é realizada com sedação ou anestesia.

Preparação

Antes de realizar a Histeroscopia Cirúrgica é comum que o médico passe alguns cuidados que devem ser tomados pela paciente, entre os principais:

  • Conforme orientação médica, tomar um comprimido anti-inflamatório uma hora antes do procedimento;
  • Nos casos de espessamento do canal uterino, pode ser necessário colocar um comprimido na vagina, conforme a indicação do ginecologista;
  • Caso a intervenção exija anestesia, a paciente deve ficar em jejum.

Recuperação

Comumente, o pós-operatório da Histeroscopia Cirúrgica é tranquilo. Após acordar da anestesia, a paciente costuma ficar em observação por aproximadamente uma hora, e é liberada quando não sente qualquer tipo de desconforto. Lembrando que, dependendo do quadro e do procedimento, há pacientes que ficam internadas por até 24 horas.

Após a Histeroscopia, muitas pacientes sentem um pouco de dor nos primeiros dias, similar à cólica menstrual. Em alguns casos também ocorre sangramento, que pode se prolongar por três semanas ou até à menstruação seguinte. Na dúvida sobre os sintomas pós-histeroscopia, converse com o médico! Entender o procedimento é essencial para garantir sua tranquilidade e bem-estar.

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Dor nas Mamas: saiba o que pode ser

Dor nas Mamas: saiba o que pode ser

Um dos principais motivos que levam as mulheres ao Mastologista é a dor nas mamas (mastalgia), pois dependendo do grau, pode afetar diretamente a vida emocional e social, causando angústia, ansiedade e receio de que o sintoma sinalize uma condição mais grave.

Mas afinal, o que é Mastalgia?

Mastalgia é o nome dado às dores mamárias que são classificadas como: cíclica leve, cíclica moderada e severa, acíclica e não-mamária.

  • Cíclica Leve: caracterizada por uma dor ou desconforto que surge nos três primeiros dias antes do período menstrual, desaparecendo após a menstruação.
  • Cíclica Moderada e Severa: geralmente, é uma dor mamária com duração superior a uma semana e com intensidade que pode interferir nas atividades cotidianas da paciente.
  • Acíclica: costuma ser uma dor mamária contínua ou ocasional, que não está relacionada ao ciclo menstrual. A mastalgia acíclica apresenta desconforto, normalmente, localizado em um ponto da mama, podendo irradiar para axila, braço, ombro e mão.
  • Não-mamária: como o próprio nome diz, não é uma dor que tem origem na mama, mas pode ser uma dor musculoesquelética da parede costal, do dorso ou dos membros superiores que consequentemente irradia para os seios.

Estima-se que cerca de 70% das mulheres apresentarão dores nas mamas em alguma fase da vida, sendo mais comum no início da adolescência e no período fértil. A dor tende a diminuir na pré-menopausa e, até mesmo, desaparecer na pós-menopausa.

Causas

A dor mamária pode surgir devido ao uso de medicamentos, principalmente hormonais, e menos frequentemente ao consumo de fármacos como inibidores de recaptação da serotonina, metildopa, ciclosporina e prostaglandinas.

Raramente, a mastalgia está associada ao Câncer de Mama (somente 0,8 a 2% dos casos), mas quando acontece, costuma aparecer como uma dor acíclica focal e persistente em um ponto específico do seio.

O que o médico avalia?

Ao sentir dor nas mamas, o primeiro passo é procurar um mastologista, que avaliará fatores como: início, duração, localização e intensidade da dor, além de períodos de melhora ou piora, fatores associados e, principalmente, relação da dor com o ciclo menstrual.

Caso tenha tido algum trauma mamário ou torácico recente, é importante informar ao mastologista, que examinará cuidadosamente a parede torácica, com a finalidade de excluir possíveis causas que não estejam relacionadas aos seios.

Geralmente, o mastologista consegue avaliar e constatar a origem da dor apenas por meio da avaliação clínica e da história da paciente, bem como do exame físico detalhado. Os exames de imagem das mamas se restringem a pacientes com necessidade de rastreamento ou com suspeita de lesões focais.

Mamografia

De qualquer forma, é essencial conscientizar todas as mulheres que, exames de imagem como a mamografia, devem ser realizados regularmente, pois é um método preventivo muito importante e eficiente para diagnosticar o câncer de mama ainda não-palpável clinicamente, ou seja, nódulos que possuem menos de 1cm e que não são detectados durante o autoexame das mamas.

Quando o Câncer de Mama é detectado precocemente as chances de recuperação são maiores, assim como as opções de tratamento.

Lembrando que todas as mulheres devem fazer a mamografia anualmente a partir dos 40 anos, mas nos casos em que a paciente tiver histórico familiar para câncer de mama, o recomendável é realizá-la pelo menos 10 anos antes da idade em que o familiar apresentou a doença.

Tratamento da Mastalgia

Voltando às dores nas mamas, falaremos neste bloco sobre os métodos indicados para tratar a mastalgia. Após a investigação médica sobre a origem da dor, normalmente, o principal tratamento é a orientação verbal.

Algumas mudanças de hábitos comportamentais, que embora não tenham eficácia comprovada, podem aliviar a dor nas mamas, afinal, não fazem mal nenhum à saúde. Dentre elas: uma alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e uso de sutiã esportivo.

Em alguns quadros clínicos, o mastologista pode prescrever anti-inflamatórios e analgésicos em geral, porém o uso prolongado, muitas vezes, desencadeia efeitos colaterais. Existem anti-inflamatórios tópicos em gel que apresentam resultados satisfatórios e menos efeitos colaterais, podendo ser uma alternativa interessante para a dor de origem osteomuscular.

O bloqueio hormonal é um dos tratamentos mais utilizados para aliviar alguns quadros de mastalgia. Os inibidores de estrogênio e de prolactina, por exemplo, podem ajudar a tratar a condição, mesmo na ausência de níveis elevados destes hormônios.

Sinais de alerta!

Após ler o ARTIGO até aqui, você deve estar se perguntando: “Afinal, quando devo me preocupar com a dor nas mamas?”.

Você precisa ficar atenta quando a dor mamária estiver associada a um nódulo endurecido e palpável ou quando perceber quaisquer sinais de alteração nesta região como: vermelhidão, inchaço, feridas que não cicatrizam, descamação persistente dos mamilos ou assimetrias entre as mamas.

Portanto, se a dor nas mamas te incomoda ou impede a execução de algumas tarefas do dia a dia, está na hora de procurar um mastologista! Agende uma consulta na Clínica Eva e esclareça todas as suas dúvidas.

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Referências

Dor Mamária – Febrasgo

https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/394-dor-mamaria

Dores mamárias podem ser confundidas com câncer de mama

https://www.sbmastologia.com.br/noticias/o-que-e-mastalgia/

Mastalgia: 70% das mulheres no mundo sentem dor nas mamas

https://www.sogesp.com.br/canal-saude-mulher/blog-da-mulher/mastalgia-70-das-mulheres-no-mundo-sentem-dor-nas-mamas/

Dor nas mamas: entenda a mastalgia

http://clinicamasto.com.br/blog/2017/09/21/dor-nas-mamas-entenda-a-mastalgia/
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Saúde

Candidíase Vulvovaginal: o que você precisa saber está aqui!

Candidíase Vulvovaginal: o que você precisa saber está aqui!

A Candidíase Vulvovaginal é uma infecção desencadeada por fungos, que naturalmente vivem no organismo, principalmente em locais como boca, garganta, pele, sistema gastrointestinal e região perineal.

Ou seja, este fungo já faz parte da microbiota humana, sendo capaz de conviver sem causar prejuízo (sintomas) em condições normais, mas no caso das mulheres, quando ocorre alguma alteração que desequilibra a flora vaginal, ele se multiplica, causando assim a Candidíase Vulvovaginal.

Afinal, por que esses desequilíbrios acontecem?

Diversos fatores podem contribuir para isso, dentre eles: baixa imunidade, estresse e até mesmo excesso de umidade na região genital. Todos esses fatores propiciam a proliferação descontrolada do fungo e o desenvolvimento de sintomas da candidíase.

Há outros fatores de riscos que também aumentam as chances de a mulher desenvolver a Candidíase Vulvovaginal, dentre eles:

  • Gravidez;
  • Obesidade;
  • Deficiências imunológicas causadas por doenças como diabetes, câncer e AIDS;
  • Utilização de antibióticos ou medicamentos como anticoncepcionais e corticoides;
  • Uso de roupas íntimas muito apertadas, de lycra ou outros materiais sintéticos que aumentam a temperatura da região íntima;
  • Uso de roupas de banho molhadas por muito tempo;
  • Relação sexual sem preservativo;
  • Utilização de duchas vaginais em excesso.

Curiosidades sobre a Candidíase

A Candidíase Vulvovaginal é um dos problemas ginecológicos mais comuns, no entanto que até 75% das mulheres terão ao menos uma vez a infecção de forma sintomática. Para cerca de 40 a 50% desse total, o episódio se repetirá, e aproximadamente 5% apresentarão recorrências (entre quatro ou mais episódios confirmados clínica e laboratorialmente no período de 12 meses).

Vale destacar que ao contrário do que muitos pensam, a doença não é sexualmente transmissível. O que acontece é que, eventualmente, o fungo pode chegar até à vagina durante a relação sexual.

Sintomas que caracterizam a Candidíase

Os sintomas mais comuns que indicam a presença da Candidíase são:

  • Coceira intensa na vulva e vagina, de intensidade variável e que geralmente acentua-se no período pré-menstrual;
  • Ardência e inchaço na região;
  • Dor ou desconforto ao urinar ou no ato sexual;
  • Corrimento esbranquiçado e sem odor;
  • Fissuras na mucosa genital que lembram assaduras.

Diagnóstico

Ao apresentar algum desses sintomas, o recomendável é buscar ajuda de um ginecologista, que fará uma avaliação clínica para identificar o tipo de corrimento, e provavelmente solicitará a realização de exames adicionais para o diagnóstico de possíveis doenças.

Para alguns quadros clínicos pode ser necessária a execução de uma raspagem da área afetada para a coleta de uma amostra, que será analisada em laboratório com a finalidade de também identificar o tipo de fungo causador do problema.

Candidíase tem tratamento e prevenção!

O tratamento da Candidíase Vulvovaginal tem como principal objetivo aliviar os sintomas e, geralmente, utiliza a aplicação tópica de fármacos e, em alguns casos, antifúngicos orais. Tanto os antifúngicos orais quanto os medicamentos tópicos possuem uma taxa de cura acima de 90%.

Lembrando que cerca de 10 a 20% das mulheres em idade reprodutiva não desenvolvem os sintomas da Candidíase e por este motivo não necessitam de medicações.

“Mas Dr., existem formas de prevenir a Candidíase?”

Sim! Algumas atitudes podem ser adotadas para prevenir ou reduzir o risco de ter a infecção. Abaixo foram listadas cada uma delas:

  • Preferencialmente, use roupas íntimas de algodão;
  • Não permaneça por muito tempo com roupas molhadas ou muito apertadas;
  • Evite o uso de absorventes internos por um período prolongado, bem como a utilização frequente de protetores diários;
  • No momento de realizar a higiene da região íntima, opte por sabonetes neutros;
  • Use preservativo nas relações sexuais;
  • Mantenha sua imunidade sempre forte se alimentando de forma saudável, tendo um sono adequado, praticando exercícios físicos, controlando o estresse entre outros hábitos saudáveis.

 

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O que você precisa saber sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos

O que você precisa saber sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos

Provavelmente você já deve ter ouvido falar na SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos), certo? Mas, você conhece os sintomas, como é realizado o diagnóstico e se existe tratamento? 

Não se preocupe se não souber todas estas informações! Neste ARTIGO explicaremos cada um desses tópicos. Boa leitura!

Afinal, o que é a Síndrome dos Ovários Policísticos?

A SOP é considerada um distúrbio hormonal, ou seja, é desencadeada pelo desequilíbrio dos hormônios reprodutivos, que causa a formação de cistos nos ovários, fazendo com que eles aumentem seu tamanho. 

Segundo a FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), do ponto de vista clínico, esta síndrome possui uma prevalência estimada de 6% a 10% em mulheres no menacme (período de atividade menstrual da mulher), destacando-se, portanto, como uma das desordens endócrinas mais comuns que acomete o público feminino na idade reprodutiva. 

Causas relacionadas 

A determinação das causas e origens da SOP ainda é desconhecida, tendo em vista que vários fatores podem estar relacionados ao seu desenvolvimento. Porém, os desvios do metabolismo lipídico e glicídico, por exemplo, têm sido cuidadosamente estudados, visto que a síndrome atualmente é vista como uma doença metabólica.

O que muda é que não é mais apenas o sistema reprodutor que fica em evidência quando se trata da condição, mas sim o funcionamento do organismo da mulher como um todo. Mas, para que isso fique mais claro, abaixo separamos algumas informações sobre a relação da Síndrome dos Ovários Policísticos com outras doenças:

  • Geralmente está associada à obesidade (50%) e à resistência insulínica (50% a 90%);
  • Aumenta expressivamente os riscos de doenças como: Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus, Síndrome Metabólica e Dislipidemia.

Portanto, como falamos, a síndrome não deve ser avaliada e considerada apenas um distúrbio ginecológico. A abordagem diagnóstica deve ser minuciosa e sistemática, já que envolve outros fatores. 

Sintomas

Normalmente, grande parte das mulheres descobre que tem a Síndrome dos Ovários Policísticos entre os 20 e 30 anos de idade, pois é o período em que observam alguma dificuldade para engravidar. Entretanto, a condição acomete mulheres em qualquer idade após a puberdade.

Agora vamos falar sobre os sintomas? 

Antes de citarmos cada um deles é importante saber que nem todas as mulheres que possuem a síndrome apresentarão todos os sintomas descritos abaixo. Além disso, de caso para caso, cada sintoma pode variar de leve a grave. 

Confira os principais sinais associados à síndrome:

  • Ciclo menstrual irregular: algumas mulheres simplesmente param de menstruar e outras podem ter os períodos alterados, ou seja, eles podem ocorrer a cada 21 dias ou com mais frequência;
  • Hirsutismo, que é o crescimento indesejado de pelos com padrão masculino em regiões como rosto, queixo, peito e costas, que afeta cerca de 70% das pacientes com SOP;
  • Acne facial e em outras regiões como peito e parte superior das costas;
  • Ganho de peso ou dificuldade para perder peso;
  • Alterações dermatológicas como: escurecimento da pele, inclusive em regiões como virilha, debaixo dos seios e ao longo dos vincos do pescoço, bem como marcas que parecem pequenos retalhos excessivos de pele nas axilas ou na área do pescoço;
  • Queda de cabelo no couro cabeludo; 
  • Por fim, um dos principais sintomas: dificuldade para engravidar, que se dá devido à ausência de ovulação ou ovulação irregular. 

Impactos na fertilidade

Como você pôde ler, o último sintoma que citamos e também um dos mais conhecidos é a dificuldade para engravidar. Porém, é importante explicar o porquê a SOP é uma das causas mais comuns de infertilidade feminina. 

Então vamos lá!

A cada ciclo menstrual, que ocorre comumente uma vez por mês, acontece o processo chamado ovulação, que é quando os ovários liberam um óvulo no útero, certo? 

O que acontece no corpo da mulher que sofre com esta síndrome é que ela não costuma ovular, ou, quando isso acontece é em uma frequência bem menor. 

Conclusão: os períodos se tornam irregulares ou nem ocorrem, prejudicando assim a fertilidade da mulher.

Como é realizado o diagnóstico?

O primeiro processo para diagnosticar a SOP é o de exclusão, geralmente fundamentado nos sintomas supracitados, ou seja, o médico avaliará minuciosamente o histórico clínico da paciente, realizará o exame físico e o exame pélvico (detecção de sinais de hormônios masculinos extras e verificação se os ovários estão aumentados ou inchados).

Além disso, solicitará a realização de outros testes como: ultrassom pélvico (verificação do endométrio e dos ovários em busca de cistos) e exames de sangue (verificação dos níveis de hormônios androgênicos). 

Tratamentos da SOP

Por se tratar de uma doença com causas ainda desconhecidas, a abordagem terapêutica consiste na redução dos sintomas e sinais que causam impacto à vida da mulher, e à diminuição dos riscos associados às alterações metabólicas e suas consequências a longo prazo.

A orientação básica após o diagnóstico da síndrome é que a mulher faça algumas modificações em seu estilo de vida, começando por uma reeducação alimentar e pela prática regular de exercícios físicos. 

Para as mulheres com obesidade ou sobrepeso, o emagrecimento favorecerá a queda dos androgênios circulantes, o que melhorará o perfil lipídico e reduzirá a resistência periférica à insulina, regularizando a ovulação e diminuindo os riscos de desenvolvimento de outras doenças como aterosclerose e diabetes.

Além dessas mudanças no estilo de vida, para as mulheres que não desejam engravidar, o médico pode prescrever contraceptivos hormonais orais (anticoncepcionais) que tenham uma dosagem mais baixa, com o intuito de controlar os períodos menstruais e diminuir o risco de desenvolvimento do Câncer Endometrial. 

Cuide da sua saúde!

Se você leu este ARTIGO até aqui, provavelmente conheceu um pouco mais sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos e já pode compartilhar com outras mulheres e lembrá-las do quanto é importante colocar a saúde em primeiro lugar.